quarta-feira, setembro 04, 2002

Depois da série do titio saicô se considerar um ''grande homem careca'' da história, se ele é um grande homem, eu então eis que digo:

Eu sou Deus

Quem é o ser que não quer ser,
Não quer ser o que realmente é,
Esse ser que quer aparecer,
Não é homem nem mulher.

Esse ser que se inspira,
Porém nunca respira,
Esse ser que todo mundo proclama,
Cujo da alma o poder emana.

Esse ser esquisito,
Que não quer ser eu repito,
Esse ser tão bendito,
Que controla o jogo do Mundo sem apito.

Esse ser que não sou,
Que jamais eu quis ser,
O Mundo foi eu quem fabricou,
Parte a parte tive que fazer,
Foi o que me sobrou,
Para continuar a viver,
Ah esse bendito ser,
Ou não ser,
O que será que serei???

Serei eu um imperador,
Que não quer ser um mendigo,
Viverei só de amor,
Sem ódio, sem inimigo???

O que será que posso ser,
Se não posso ser nada,
Acabarei por me enlouquecer,
Tornando-me uma lenda crucificada,
Em uma cruz amaldiçoada.

Ó cruz, maldita cruz,
Essa cruz que me reduz,
Ao que não quero ser, pois serei seus,
Não posso ser Jesus
Pois já sou Deus,
Se duvidar de mim,
Peça-me por uma luz,
Que ilumino os olhos teus.

Esse ser que não quer ser,
Que não pode mais crescer,
E agora o que fazer???
Você poderia me responder???
Acabe com esta minha dúvida neste belo dia,
Diga-me que eu sou Deus e não sabia,
Pois eu mesmo manipulei segredo sobre mim,
Ó Deus, enganando a si próprio, isso é o fim.

Esse ser que não sou,
Nem homem nem mulher,
Esse ser que rimou,
Deus é o que ele é.