sexta-feira, março 21, 2003

e viva a corrida armamentista!

Eu tinha uma professora de português no colégio que adorava dar temas imbecis pra redação como "O que é o amor", ou então "O que fazer pela paz mundial". E ela me odiava.

Na primeira, escrevi um texto tentando explicar o conjunto de reações químicas que acontecem no organismo humano objetivando a reprodução da espécie. Coisa de adolescente cético e mala. Na segunda, defendi a corrida armamentista (estávamos em meados da década de 80) como condição necessária para a paz ser mantida. Afinal, se não fossem os milhares de mísseis nucleares de cada lado, nunca teríamos a paz que tivemos nesses 40 anos de guerra fria.

Lembrei da segunda esses dias, assistindo a nossa única superpotência cagar e andar pra todo o mundo e iniciar a sua guerra fundamentalista-capitalista-democrática sozinha. Quem achar que é exagero, olhe para a Coréia do Norte. Se ela está aí, ameaçando impunemente os norte-americanos enquanto os iraquianos se fodem, é por causa de meia dúzia de bombitchas atômicas...