O MUNDO DA FANTASIA CHAMADO "PSY" (ou como eles gostam de dizer "Psychedelyc Trance")
O mundo Psy se divide nas seguintes espécimes:
O FREAK "POP"
Já foi em muitas festas em todo o mundo. Não
trabalha nem pretende, é matriculado em alguma faculdade e diz que
faz decoração e arte. Geralmente é de família abastada. Passa a maior
parte do tempo viajando em lugares propícios pro Trance e reclama que
o Voov está "muito comercial". Tatuagem de "OHM" obrigatória, apesar
de Bhagavad Gita pra ele ser nome de musica do Raul Seixas e Sidartha
um livro que tem na biblioteca na casa de Vovô. Na adolescência era
chamado pelo nome e sobrenome quatrocentão - no contexto "vc ligou
pro João Monteiro de Carvalho? Aquele que namora a Mariana Marcondes
de Albuquerque". O trance geralmente faz muito bem a essa espécie.
O FREAK "RAIZ"
Dreadlocks ou cabelo comprido, mas o mais cool é
aparecer de cabelo curto de repente. Não retorna ligações (perde o
celular todo mês), pega e-mail uma vez por semana (quando tem e-mail)
e sempre esquece a senha do hotmail então tem que ficar mudando a
toda hora. Já viajou e viaja bastante mas sempre em voos do tipo "Sao
Paulo/Frankfurt com conexão em Kuala Lumpur" que demoram 14 dias. Não
fala nenhum idioma direito, mas arranha todos - inclusive português.
Até lembrar o nome de alguém precisa ser re-apresentado centenas de
vezes, e normalmente aguentam ficar 4 dias sem dormir graças
a....ahnnn......Yoga. Tem nomes místicos, cabalísticos ou estranhos
mesmos, tipo a prole da Baby Consuelo. Seu mandamento preferido
é "Ama seu chillum como a si mesmo", e o trance para esta espécie é
razão de viver, do tipo que choram quando ouvem "The Messenger".
O "RAVER"
Foi em um festival, a mosca azul picou, se mandou pra
Ouro Fino e se montou. Ao primeiro sinal do dia amanhecendo saca um
par de óculos escuros super cybernéticos - às vezes de noite já tá de
lupa. Muito equipado, nunca aparece sem vicks inhalers, tubo de
lança, seda de vários tipos, chicletes - apesar de ás vezes se
atrapalhar em qual buraco por o que - e pelo menos 4 maços de
marlboro, os quais distribui com um enorme sorriso e logo depois
oferece o zippo para acender (fazendo aqueles truquezinhos toscos bad-
trip pra fazer barulho "TCHACLA" com o isqueiro). Conhece nomes de
bandas mas nunca sabe o que tá tocando, e leva uma garrafa de água -
mas nunca cerveja - de 5 em 5 minutos pro DJ. Pensa em tatuar a
sigla "MDMA" no braço esquerdo, pq no direito já tem um índio norte-
americano, um golfinho ou um tribal. Chama os outros frequentadores
de festas de "meus irmãos" e acha que a vibe da geladeira azul está
muito próxima - e manda mais meio-qualquer-coisa pra não perder o
rebolado. É o público que todo DJ pediu a Deus.
O "DJ"
Quando aparece chega de manhã nas festas. Está sempre
conversando de canto com outro "DJ", geralmente com feições sérias
como se discutissem o futuro da humanidade mas geralmente estão mesmo
é falando mal de alguém. Se algum desconhecido pergunta algo como "Vc
tem um E?", torce o nariz e manda o cara para o inferno - mas nunca
diz "Putz tbém quero". Tem todas as músicas que quer, apesar de
sempre achar que o outro DJ tem algo que ele gostaria de ter. Sempre
acha que o nome está na lista VIP, mesmo quando não falou nada com o
organizador da festa. Defende com todas as forças a
profissionalização da atividade, inclusive o direito de tocar
completamente bêbado ou chapado quando der na telha e mais "8
musiquinhas"quando é a vez do próximo DJ.
OS "WANNABE DJs"
Não arredam o pé da pista. Mp3 traders compulsivos,
tem crises de abstinência quando ficam sem internet. São
sensíveis, e vislumbram na carreira de DJ uma chance de apresentar
sua história, suas emoções e seus sentimentos, e criticam a todo
tempo a falta de espaço para tocar mesmo que com 6 meses de carreira
e 1 ano de cena já tenham tocado em algumas festas. Antes de tocar,
fazem promessa a Sto. Expedito, reza braba e alongamento, conhecem
som como ninguém e estão sempre atualizados - às vezes até demais.
Precisam a todo custo entender a diferença entre full on e
progressivo, e querem produzir música, mas se arrepiam ao ouvir falar
em investir dinheiro nisso. Normalmente conseguem um lugar ao sol.
O "PERDIDO" ON 'E'
Grita ACELEEEEEEEEEEEEEEERA
DJIDJEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI - à 1 da manhã. Comedor de
orelha profissional, faz questão de te contar nos mínimos detalhes
como a vida é fantástica e "meu, vc já veio numa festa assim antes?".
Adora ficar na cabine do DJ e às 5 da manhã já chapou de vez.
A "MARIA PICK-UP" (aka DJ Hunter ou Maria Headphone)
Sub-divisão Freak Pop, para elas as "3 Marias" é uma loja que se não existisse,
teria de ser inventada. Predileção por DJs gringos - mas um nacional
desde que de primeira linha e gatinho tbém desce macio e reanima.
Conhece todos os passinhos trance-sensuais, lançam olhares amigáveis
pros DJs e fazem questão de ser íntima de todos, e se precisar vão de
carona no caminhão de leite até a festa. Fazem curso de italiano,
alemão, francês e aramaico, e seu exercício preferido é carregar case
de DJ. Profissional no carão, já levou esporro da própria mãe ao
falar "eu te conheço?" na mesa do café da manhã. autoria de Bruno Camargo
- enviado por Thiago Granato
- autoria de Bruno Camargo do Chaishop Brasil.
- ilustrações Surra de Pao Mole
O mundo Psy se divide nas seguintes espécimes:
O FREAK "POP"
Já foi em muitas festas em todo o mundo. Não
trabalha nem pretende, é matriculado em alguma faculdade e diz que
faz decoração e arte. Geralmente é de família abastada. Passa a maior
parte do tempo viajando em lugares propícios pro Trance e reclama que
o Voov está "muito comercial". Tatuagem de "OHM" obrigatória, apesar
de Bhagavad Gita pra ele ser nome de musica do Raul Seixas e Sidartha
um livro que tem na biblioteca na casa de Vovô. Na adolescência era
chamado pelo nome e sobrenome quatrocentão - no contexto "vc ligou
pro João Monteiro de Carvalho? Aquele que namora a Mariana Marcondes
de Albuquerque". O trance geralmente faz muito bem a essa espécie.
O FREAK "RAIZ"
Dreadlocks ou cabelo comprido, mas o mais cool é
aparecer de cabelo curto de repente. Não retorna ligações (perde o
celular todo mês), pega e-mail uma vez por semana (quando tem e-mail)
e sempre esquece a senha do hotmail então tem que ficar mudando a
toda hora. Já viajou e viaja bastante mas sempre em voos do tipo "Sao
Paulo/Frankfurt com conexão em Kuala Lumpur" que demoram 14 dias. Não
fala nenhum idioma direito, mas arranha todos - inclusive português.
Até lembrar o nome de alguém precisa ser re-apresentado centenas de
vezes, e normalmente aguentam ficar 4 dias sem dormir graças
a....ahnnn......Yoga. Tem nomes místicos, cabalísticos ou estranhos
mesmos, tipo a prole da Baby Consuelo. Seu mandamento preferido
é "Ama seu chillum como a si mesmo", e o trance para esta espécie é
razão de viver, do tipo que choram quando ouvem "The Messenger".
O "RAVER"
Foi em um festival, a mosca azul picou, se mandou pra
Ouro Fino e se montou. Ao primeiro sinal do dia amanhecendo saca um
par de óculos escuros super cybernéticos - às vezes de noite já tá de
lupa. Muito equipado, nunca aparece sem vicks inhalers, tubo de
lança, seda de vários tipos, chicletes - apesar de ás vezes se
atrapalhar em qual buraco por o que - e pelo menos 4 maços de
marlboro, os quais distribui com um enorme sorriso e logo depois
oferece o zippo para acender (fazendo aqueles truquezinhos toscos bad-
trip pra fazer barulho "TCHACLA" com o isqueiro). Conhece nomes de
bandas mas nunca sabe o que tá tocando, e leva uma garrafa de água -
mas nunca cerveja - de 5 em 5 minutos pro DJ. Pensa em tatuar a
sigla "MDMA" no braço esquerdo, pq no direito já tem um índio norte-
americano, um golfinho ou um tribal. Chama os outros frequentadores
de festas de "meus irmãos" e acha que a vibe da geladeira azul está
muito próxima - e manda mais meio-qualquer-coisa pra não perder o
rebolado. É o público que todo DJ pediu a Deus.
O "DJ"
Quando aparece chega de manhã nas festas. Está sempre
conversando de canto com outro "DJ", geralmente com feições sérias
como se discutissem o futuro da humanidade mas geralmente estão mesmo
é falando mal de alguém. Se algum desconhecido pergunta algo como "Vc
tem um E?", torce o nariz e manda o cara para o inferno - mas nunca
diz "Putz tbém quero". Tem todas as músicas que quer, apesar de
sempre achar que o outro DJ tem algo que ele gostaria de ter. Sempre
acha que o nome está na lista VIP, mesmo quando não falou nada com o
organizador da festa. Defende com todas as forças a
profissionalização da atividade, inclusive o direito de tocar
completamente bêbado ou chapado quando der na telha e mais "8
musiquinhas"quando é a vez do próximo DJ.
OS "WANNABE DJs"
Não arredam o pé da pista. Mp3 traders compulsivos,
tem crises de abstinência quando ficam sem internet. São
sensíveis, e vislumbram na carreira de DJ uma chance de apresentar
sua história, suas emoções e seus sentimentos, e criticam a todo
tempo a falta de espaço para tocar mesmo que com 6 meses de carreira
e 1 ano de cena já tenham tocado em algumas festas. Antes de tocar,
fazem promessa a Sto. Expedito, reza braba e alongamento, conhecem
som como ninguém e estão sempre atualizados - às vezes até demais.
Precisam a todo custo entender a diferença entre full on e
progressivo, e querem produzir música, mas se arrepiam ao ouvir falar
em investir dinheiro nisso. Normalmente conseguem um lugar ao sol.
O "PERDIDO" ON 'E'
Grita ACELEEEEEEEEEEEEEEERA
DJIDJEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI - à 1 da manhã. Comedor de
orelha profissional, faz questão de te contar nos mínimos detalhes
como a vida é fantástica e "meu, vc já veio numa festa assim antes?".
Adora ficar na cabine do DJ e às 5 da manhã já chapou de vez.
A "MARIA PICK-UP" (aka DJ Hunter ou Maria Headphone)
Sub-divisão Freak Pop, para elas as "3 Marias" é uma loja que se não existisse,
teria de ser inventada. Predileção por DJs gringos - mas um nacional
desde que de primeira linha e gatinho tbém desce macio e reanima.
Conhece todos os passinhos trance-sensuais, lançam olhares amigáveis
pros DJs e fazem questão de ser íntima de todos, e se precisar vão de
carona no caminhão de leite até a festa. Fazem curso de italiano,
alemão, francês e aramaico, e seu exercício preferido é carregar case
de DJ. Profissional no carão, já levou esporro da própria mãe ao
falar "eu te conheço?" na mesa do café da manhã. autoria de Bruno Camargo
- enviado por Thiago Granato
- autoria de Bruno Camargo do Chaishop Brasil.
- ilustrações Surra de Pao Mole
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